sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mãos...


Minhas mãos. Tentáculos da mente. O que seria de mim, sem vocês? mãos que fazem música, fazem arte, fazem poesia e prosa. Mãos que fazem sinais, que fazem carinho, carícias, amor. Mãos que caminham, mãos que tateiam (com aranhas, de teia em teia), e ateiam fogo no mundo. Mãos que se aproximam em um cumprimento, que se despedem com um aceno.

Mãos... Mão-amiga, mão nervosa, mão boba... Tantas mãos nos conectando ao mundo e nem percebemos. O primeiro contato entre as pessoas é quase que invariavelmente com as mãos. Provavelmente, a primeira coisa que vemos são as mãos do Doutor-Cegonha, ao nascermos. Quem suplica pela vida, geralmente, junta as mãos.

E elas falam! Falam sem parar. Nossa forma mais primitiva de comunicação funcionando a partir do nosso subconsciente. A questão é mais de, o quanto nós entendemos o que as mãos alheias dizem. Mas elas não param de tagarelar...

Estar "em boas mãos" será mesmo um bom negócio? Qual é mesmo o significado de "Dar as mãos"? Mãos que govenam o mundo com tinta de caneta. E as mãos esquálidas de fome, se estendem em vão. As mãos dos oprimidos suplicam por paz.

E enquanto isso, em algum lugar incógnito, as rédeas do mundo, mudam de mãos...

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Texto Original: Guilherme Castelo

Cidade Branca


Minha cidade,
cidade linda,
Toda molhada,
à me inspirar.

Nossas mangueiras,
minhas goteiras,
cantando juntas,
à gotejar.

Ruas lavadas,
Velhas calçadas,
vielas nuas,
à empapar.

Casinhas velhas,
Tantas janelas,
Vidas inteiras,
Para lembrar.

Telhas molhadas,
Lisas escadas,
Nossos Canais,
à alagar.

São tantas coisas,
e pessoas tão loucas,
Que é impossível,
enumerar.

E essa chuva da tarde,
nossas casas invade,
e ninguém parece,
se importar.

És tão bonita,
Belém querida,
Porque insistem,
Em te judiar?

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Poema original: Guilherme Castelo. Todos os direitos reservados.
Seja honesto; se copiar, cite a fonte.

Belém-Pará-Brasil

Vão destruir o Ver-o-Peso
Pra construir um Shopping Center
Vão derrubar o Palacete Pinho
Pra fazer um Condomínio
Coitada da Cidade Velha,
que foi vendida pra Hollywood,
pra se usada como albergue
no novo filme do Spielberg

Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

A culpa é da mentalidade
Criada sobre a região
Por que é que tanta gente teme?
Norte não é com M
Nossos índios não comem ninguém
Agora é só Hambúrguer
Por que ninguém nos leva a sério ?
Só o nosso minério

Quem quiser venha ver
Mas só um de cada vez
Não queremos nossos jacarés tropeçando em vocês

Aqui a gente toma guaraná
Quando não tem Coca-Cola
Chega das coisas da terra
Que o que é bom vem lá de fora
Transformados até a alma
sem cultura e opinião
O nortista só queria fazer
parte da Nação

Ah! chega de malfeituras
Ah! chega de tristes rimas
Devolvam a nossa cultura!
Queremos o Norte lá em cima!
Por quê? Onde já se viu?
Isso é Belém!
Isso é Pará!
Isso é Brasil!



Mosaico de Ravena

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Desafio Maior


Folha em branco. Uma tentação. Como a me insitar. Como a me dizer: "Eu te desafio!" e afio
minha espada para a peleja. Cereja no Gin Freeze, fiz, e farei outra vez. Talvez, por ser humano, talvez por não saber. Não saber a verdade, a pergunta, a mentira. E quem tira a teima, teima que é verdade; Na ansiedade de convencer, vencer os limites da página, das linhas, e do branco.

Mas se firo o papel ao escrever, essa criatura também me muda. Muda que fala, fala com quem lê, e com quem escreve, o próprio destino. Criatura-filho, que leva pedaços de mim, e só dói quando eu rio. Rio. Amazônas, Xingú, Branco ou Negro. Suas ruas cortam meu simplório peito brasileiro. E o cheiro dessa terra nos acompanha na memória, na história dessa gente; Filho, mãe, pátria. Amada, de chuteiras, descalça. Calça, que já não cobre a vergonha de quem deveria governar, ao invés de mandar nosso ouro para o Velho Mundo. E o fundo social continua mal, tal e qual no último natal, e antes.

Daí eu me pergunto: De que valem as meras palavras? pra que servem esses meus furiosos rabiscos? E eu mesmo respondo: Se você, ao ler, parar ao menos por dez segundos para pensar no seu papel nesse cenário, e avaliar as enormes possibilidades que você tem de criar e produzir beleza, já terá valido a pena. O desafio do papel terá sido vencido, e a Criatura-Texto novamente caminhará sobre a Terra.
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Texto original: Guilherme Castelo.
25/09/06
Respeite os direitos autorais, se reproduzir, cite a fonte.

Do que trata o texto: O momento da criação artística.

Só um dia Ruim



A inquietude das horas sem fim,
Enfim,
Recai sobre mim.

Me pego pensando no tempo,
passando por mim.
Me pego querendo mais tempo,
pre mudar o fim.

Outro dia passou; Virá outro,
Outrossim,
O mesmo rio será outro,
se passar por mim.

Por crer nessa constância,
é que penso assim.
Volto então a ser criança,
Dia não, dia sim.

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Poesia Original: Guilherme Castelo. Todos os direitos reservados.

Tái, pra não dizerem que eu não sei poetar, um poeminha, hehehehe.
Bjs.

A quem interessar possa:



Quando vocês lerem isto eu já estarei morto, ou quase.

Sei que é uma expressão batida, mas, fazer o quê? Sou antiquado.

Queria que vocês soubessem um pouco da minha história, e o porquê desta carta.

Há muitos e muitos anós atrás, eu era saudável e feliz. Era belo. Milhares de flores e florestas me cercavam, os oceanos e mares corriam livremente (e acreditem, sem poluição!). Ah, o ar ao meu redor era tão puro...

Mas um dia fiquei doente. fui infectado por uma bactéria terrível. Ela se multiplica incrivelmente rápido. Se espalhou por todo o meu corpo. Queimava em alguns lugares, explodia outros, escavava e destruia, sempre. Poluiu meus oceanos e impregnou o meu ar com substâncias altamente tóxicas, pra mim. Começei a sufocar. Me rebelei. Tentei detruir a bactéria de todas as formas à minha disposição!

Mas não consegui. Não tenho mais forças. Sei que fatalmente irei sucumbir em breve, portanto, enquanto ainda de posse de minhas faculdades intelectuais, faço minha despedida. Não haverá testamento. Não há muito à deixar.

Alguns vão me chamar de covarde por desistir de lutar, mas essa praga é mais forte que eu. Já não tenho mais forças pra me regenerar.

Saibam todos apenas, que eu sempre tive a melhor das intenções.


Ass.: Planeta Terra


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TEXTO ORIGINAL: GUILHERME CASTELO
13/04/04

Diáspora Natural


Onde estão as pessoas mais importantes da minha vida? Pra onde foram? Quer dizer, se pudéssemos tirar um instantâneo (Polaroid) de qualquer momento do passado, perceberíamos que naquele momento, entre outras coisas que tínhamos, havia pessoas que nós considerávamos "as mais importantes do mundo". Onde elas estão? Mas o que é realmente assustador é que você pode retroceder ou avançar no passado, sempre encontrará outros grupos (sim, grupos!) de pessoas importantíssimas. Mas.. Até quando o foram?

Uma coisa que sempre me intriga na vida é o fato de as pessoas sempre encararem o seu momento atual como uma muito provável realidade futura. Certa, quase inquestionável. Mas nossa experiÊncia de vida (por menor que seja) já nos ensinou que não é assim, não é mesmo? Se refizermos nossos passos, certamente iremos sorrir em alguns momentos, e perder o olhar no horizonte em outros. Mas a questão é que já estivemos pior e melhor antes, de uma forma ou de outra.

Já tivemos grandes amigos e alguns amores; Já estivemos totalmente sós. E não importa como estejamos agora, passaremos por tudo isso de novo. E de novo.

Mas as pessoas realmente importantes ficarão guardadas na memória, ou no coração.

Algumas lembranças são quentes como um abraço, como um afago; Outras são frias como despedidas difíceis. Entretanto, nenhuma pode ser alterada, descartada, ou simplesmente ignorada, por estar ali, registrada na história de nossas vidas. E essas pessoas estão todas lá, numa ilha chamada Saudade. E suas histórias, às vezes, se confundem com a nossa, e devem ser contadas junto portanto, por serem comum a ambos.

E o futuro, é um túnel escuro, com luzes que se acendem à nossa passagem, nos conduzindo através da vida, ao encontro de outras páginas ainda em branco e de outras pessoas, que um dia, também habitarão em nossa pequena ilha.

(Uma última questão: Porque deixamos para perceber o valor e a importância de algumas pessoas ao nosso redor só quando já estão além do alcançe das palavras? Quanto custa dizer: EU TE AMO, enquanto pode fazer toda a diferença do mundo?)

Bom, só me resta dizer que amei, amo e amarei todas as pessosa importantes do MEU MUNDO, e espero, realmente, também poder um dia, afagar suas memórias.

À memória dos que se foram....

Texto Original: Guilherme Castelo.
26/01/06

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Matem A Tica!!

Desde criança que eu detesto matemática. Claro que não detesto de verdade, mas nossa afinidade sempre foi mínima. Lembro de um professor (Alô, Moraes!), que me reprovou com um sorriso nos lábios. Tudo bem, ele tinha razão. O que estava errada era a ideologia educacional da época (continua assim!)., logo ele não tinha culpa de ser o principal agente que me afastava da matemática. O fato é que eu já nessa época, não via qual seria a aplicação do Teorema de Tales, ou equações biquadradas, na minha vida. Porque tive que estudar Números Complexos, se nunca os usei? E não morri por isso!

Nossos pobres mestres passaram tanto tempo nos ensinando (ou, tentando ensinar!) fórmulas, que esqueçeram de nos ensinar a PENSAR matematicamente. Mas como poderiam? Nem eles sabiam. Pensar matematicamente significa pensar com lógica, utilizando-se da razão para calcular e analisar as probabilidades. Significa ter os pés no chão e uma mente muito aberta. Quem usa a lógica e a razão sempre sabe as chances de sucesso e fracasso, portanto, comete menos erros, na vida até.

Deviam ter nos ensinado que a divisão do salário mínimo nunca daria pra pagar as contas, que mesmo dobrando suas horas extras, você não consegirá obter um resultado realmente satisfatório, que os juros NUNCA são simples e que as taxas, essas sim, são compostas.

Poderiam ter nos ensinado, que é preciso elevar sua paciência à máxima potência para ser atendido no SUS, que não importa quanto o governo baixe a taxa SELIC, isso nunca será sentido no seu bolso. E as duas lições mais importantes de todas:

1) Não importa a enorme quantidade de opções que você tenha à disposição na hora do voto, todos são ladrões. Ou serão!

2) Eles não precisam melhorar a educação NUNCA, haja vista vc não precisar saber lem nem escrever pra votar, é só decorar dois ou três números e um botão laranja e pronto. Qualquer um pode ser Ph.D. nisso!!

Reitero que minha crítica não é à MATEMÁTICA em si, mas às formas pelas quais é ensinada nas escolas, e aos políticos, a quem interessa que as coisas continuem assim. Sou a favor de uma Educação Inclusiva, Objetiva e REALISTA. Chega de contar às crianças que a Princesa Isabel era um doce, que D. João era um Herói e que TODOS PRECISAM SABER NÚMEROS COMPLEXOS! Todos precisam é saber RACIOCINAR! E uma matemática inteligente seria uma incrível ferramenta nesse aprendizado.

Com isso, conclamo todos nós, educadores de todos os tipos: pais, professores, tutores, instrutores, a pensar um pouquinho: O QUE PODEMOS FAZER? Nossa geração já está meio podre, é verdade. Mas compete a nós guiar os passos de nossos pequenos (enquanto são pequenos!) em direção à luz! Lhes ensinar um pouco de lógica, de bom-senso e "Malandragem" (como diria Cássia Eller), para que eles percebam, no futuro, quando estiverem pra ser enganados por propostas e propagandas políticas mentirosas. E sim, devemos lhes dar mais que palavras de orientação, EXEMPLOS positivos, pois quando crianças reproduzimos o que vemos nos adultos ao nosso redor.

Podemos mudar o presente? Infelizmente acho que não. Mas o futuro dos nossos filhos, os FILHOS DO BRASIL, ainda estão em nossas mãos. Então, lhes ensinemos ao menos que:

POBREZA+DESCASO= PROBLEMAS SOCIAIS,

mas que também:

ALEGRIA+BONDADE=SATISFAÇÃO PESSOAL.

Lhes ensinemos que não importa quantas vezes você perca na vida, uma hora você irá vencer, se continuar lutando; que sempre haverá um amanhã, por mais triste que tenha sido a Noite de nossas vidas; que ensinar SEMPRE é um ato de amor, e que AMOR, é uma Grandeza Incontável.

Isto posto, só resta elucidar o título: "tica" é parte da palavra "TITICA", que todo mundo sabe o que significa, logo, Matem a tica!!!

E que venha uma nova MATEMÁTICA!!!


terça-feira, 28 de julho de 2009

Carta de Achamento do Brasil



Trecho da Carta
"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."


Pra Pensar um Pouco:

Então tá! Nos acharam. Estávamos tão perdidinhos aqui, nesse pedaço de paraíso, com muitas espécies de frutas, praias maravilhosas, e todo mundo nu! Coitadinhos dos índios... Passavam o dia pescando, coçando o dedo na rede, ou correndo atrás das índias. E que índias! (Vocês viram Caramurú- A invenção do Brasil?hehehe). Viviam por suas leis e suas forças. Ou seja, precisavam ser "descobertos" e "civilizados", certo? ai, ai...


Última nota: Que beleza foi o progresso por aqui, hein?


Guilherme Castelo

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Versos Íntimos


Vês?!

Ninguém assistiu ao formidável

Enterro de tua última quimera.

Somente a ingratidão - esta pantera -

Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!

O homem, que, nesta terra miserável,

Mora, entre feras, sente inevitável

Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo, Acende teu cigarro!

O beijo, amigo, é a véspera do escarro,

A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se alguém causa inda pena a tua chaga,

Apedreja esta mão vil que te afaga,

Escarra nesta boca que te beija!


Augusto dos Anjos


Esse Inferno de Amar




Este infreno de amar - como eu amo!

Quem mo pôs aqui n´alma... quem foi?

Esta chama que alerta e consome,

que é a vida - e que a vida destrói -

Como é que se veio a atear,

Quando - ai quando se há-de ela apagar?



Eu não sei, não me lembra: o Passado,

A outra vida que dantas vivi

Era um sonho talvez... - Foi um sonho-

Em que paz tão serena dormi!

Oh! Que doce era aquele sonhar...

Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que era dia formoso

Eu passei... Dava sol dava luz!

E os meus olhos, vagos giravam,

Em seus olhos ardentes os pus.

Que fez ela? Eu que fiz? - Não sei;

Mas nessa hora a viver começei...


Almeida Garret



sexta-feira, 24 de julho de 2009

Filtro Solar
































Filtro Solar

Senhoras e senhores,
Usem filtro solar.
Se eu pudesse dar um conselho em relação ao futuro, diria: "Usem filtro solar."
Os benefícios, a longo prazo, do uso do filtro foram cientificamente provados.
Os demais conselhos que dou baseiam-se unicamente em minha própria experiência.
Eis aqui um conselho:

Desfrute do poder e da beleza de sua juventude.

Ou esqueça. Você só vai compreender o poder e a beleza da sua juventude quando já tiverem desaparecido.

Mas, acredite em mim. Dentro de vinte anos, você olhará suas fotos e compreenderá, de um jeito que não pode compeender agora, quantas oportunidades se abriram pra você. Era realmente fabuloso.

Você não é tão gordo quanto você imagina.
Não se preocupe com o futuro.
Ou se preocupe, se quiser, sabendo que a preocupação é tão eficaz quanto tentar resolver uma equação de álgebra mascando chiclete.

É quase certo que os problemas que realmente têm importância em sua vida são aqueles que nunca passaram por sua mente, tipo aqueles que tomam conta de você as quatro da tarde, em alguma terça-feira ociosa.

Todos os dias faça alguma coisa que seja realmente assustadora.

CANTE!

Não trate os sentimentos alheios de forma irresponsável.
Não tolere aqueles que agem de forma irresponsável em relação a você.

RELAXE!

Não perca tempo com a inveja. Algumas vezes você ganha, algumas vezes perde.
A corrida é longa e, no final, tem que contar só com você.
Lembre-se dos elogios que recebe.
Esqueça os insultos. (Se conseguir fazer isso, me diga como).

Guarde suas cartas de amor.
Jogue fora seus velhos extratos bancários.

ESTIQUE-SE!

Não tenha sentimento de culpa se não sabe muito bem o que quer da vida. As pessoas mais interessantes que eu conheço não tinham, aos vinte e dois anos, nenhuma idéia do que fariam na vida. Algumas pessoas interessantes de quarenta anos que conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio.
Seja gentil com seus joelhos. Você sentirá falta deles quando não funcionarem mais.

Talvez você se case, talvez não.
Talvez tenha filhos, talvez não.
Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance uma valsinha quando fizer setenta e cinco anos de casamento.

O que quer que faça, não se orgulhe nem se critique demais.
Todas as suas escolhas tem cinqüenta por cento de chance de dar certo. Como as escolhas de todos os demais.

Curta seu corpo da maneira que puder. Não tenha medo dele ou do q
ue as outras pessoas pensem dele. Ele é seu maior instrumento.

DANCE!

Mesmo que o único lugar que você tenha para dançar seja sua sala de estar.
Leia todas as indicações mesmo que você não as siga.
Não leia revistas de beleza. A única coisa que elas fazem é mostrar você como uma pessoa feia.

Saiba entender seus pais. Você nunca sabe a falta que vai sentir deles.
Seja agradável com seus irmãos. Eles são seu melhor vínculo com seu passado e aqueles que, no futuro, provalvelmente nunca deixarão você na mão.
Entenda que amigos vão e vem, mas que há um punhado deles, preciosos, que você tem que guardar com carinho.
Trabalhe duro para transpor os obstáculos geográficos e da vida, porque quanto mais você envelhece tanto mais precisa das pessoas que conheceram você na juventude.

More em Nova York, mas mude-se antes que a cidade transforme voce em uma pessoa dura.
More no Norte da Califórnia, mas mude-se antes
de tornar-se uma pessoa muito mole.

VIAJE!

Aceite certas verdades eternas: os preços sempre vão subir; os políticos são todos mulherengos; você também vai envelhecer. E quando envelhecer, vai fantasiar que quando era jovem, os preços eram acessíveis, os políticos eram nobres de alma e as crianças respeitavam os mais velhos.
Respeite as pessoas mais velhas.

Não espere apoio de ninguém.
Talvez você tenha uma boa aposentadoria.
Talvez voce tenha um cônjuge rico.
Mas, você nunca sabe quando um outro ou outro podem desaparecer.

Não mexa muito em seu cabelo. Senão, quando tiver quarenta anos, vai ficar com a aparência de oitenta e cinco.

Tenha cuidado com as pessoas que lhe dão conselhos, mas seja paciente com elas. Conselho é uma forma de nostalgia. Dar conselho é uma forma de resgatar o passado da lata do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço maior do que realmente vale.

Mas, no filto solar, acredite!!


(Autoria desconhecida)
Versão que achei rolando pela net, infelizmente, um pouco diferente da original, então meio que perdeu, o ritmo, mas o texto continua sendo ótimo, mesmo assim. prometo procurar o original pra postar aqui. Abraço a todos!

Influenza "A"


Pronto. Chegou aqui. O que todos temiam aconteceu. A gripe "A" aportou no Brasil. Pra todos os lados que olho, vejo pessoas em pânico. Até agora são 32 pessoas mortas e mais de 1000 infectadas. Começou uma corrida às farmácias em busca de máscaras e álcool em gel. As pessoas evitam o contato. Até os católicos deixaram de se abraçar! Será que o medo que efetivamente sentem é maior que a fé que dizem ter?



Se alguém, inadvertidamente, dá um espirro em um ônibus, por exemplo, mesmo que por culpa de algum ácaro errante, já é logo encarado como uma ameaça ambulante, e pode ser até mesmo hostilizado.



Pandemia. Palavra estranha, incompreensível ainda para a maioria de nós. Não a palavra, mas a amplitude e magnitude do significado. No decorrer das eras, o mundo já viu várias fases pandêmicas e seus efeitos na história. A Peste Negra, A Febre do Feno, A Gripe Espanhola, A Gripe Aviária... Parece que de tempos em tempos a própria Natureza arruma um jeito de equilibrar as coisas através do controle demográfico. Por mais achista que seja essa teorização, não é de todo leviana, levando-se em conta a efetiva devastação que segue tais períodos.



O curioso é nós não estarmos preparados. Digo nós, todos nós, seres humanos. Temos tecnologia para ir à Lua, ao fundo do oceano, ao centro da Terra, mas não podemos criar uma vacina antes que milhares morram? A pergunta que me ocorre frente a tais contradições é: A quem interessa a doença? Quem lucra com as mortes? Porque convenhamos, quem tem plano de saúde tem mais chance de cura. Logo, quem vai aos "postos sem saúde", é que tem que se preocupar com superlotação, falta de triagem, falta de remédios, de médicos, de respeito. Quem são eles? OS POBRES! De todas as partes do mundo. Agora reflitamos: Se o Laboratório de Citogenética da UFPA consegue processar 3.000 sequências de DNA de mosquito em dois meses pro Projeto Genoma, como Grandes institutos como o Oswaldo Cruz (ou até o Butantã!) não conseguem? Será que não receberam ordens de correr com isso? Porque tenho certeza que os profissionais de tais lugares estão muito preocupados e vívidamente interessados nessas questões. Mas eles seguem ordens. E essas ordens, quais tem sido? O que causa a demora? A quem interessa?



A nós não, que estamos enfileirados, à espera da nossa vez, como sempre. Só que esta, finalmente, é uma fila na qual ninguém tem pressa que chegue a sua vez.

Seja um de nossos autores!

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