Agricultura. Conceito tão importante que sua descoberta (ou invenção), alterou os rumos da hitória. Foi ao descobrir-se um "fazedor de alimentos" a partir da terra que o homem deixou o nomadismo, há centenas, milhares de anos, para dedicar-se a cuidar de pedaços de chão, que chamou de seus. Começou a estabelecer-se nesses lugares, plantando e colhendo. Aprendeu a amar a terra que lhe dava tudo. Ensinou aos filhos, aos netos, através dos tempos. Tornou-se um estilo de vida.
Nos dias atuais, esse estilo de vida continua vivo, e forte. A despeito da possibilidade de alcançar sucesso em grandes centros urbanos, milhares de pessoas continuam preferindo o campo. Dizem-se felizes com a tranquilidade, com o ar puro, com o cantar dos pássaros... Uma coisa diga-se com justiça: A expectativa de vida de quem mora no campo, no geral, é maior do que algueém que more numa grande cidade. Quer seja pelo maior contato com a natureza, ali "in loco", quer seja por consumir alimentos mais frescos e selecionados, o fato é que há mais idosos saudáveis nas roças que nas avenidas. Mesmo com esquistosomose, algumas crianças do interior (que já conheci) parecem mais felizes que os "mini-adultos" que encontramos pelas ruas, às vezes. Há, enfim, mais "calor humano" entre as pessoas.
Por falar em "calor humano", essa é uma das diferenças primordiais na questão campo/cidade. As pessoas, ditas simples, que vivem no campo, são infinitamente mais hospitaleiras que nós, urbanos. E MUITAS vezes, mais educadas que nós também. Sabem ser solícitas, mesmo sendo humildes. E sorriem, como sorriem! Deve ser bom viver assim...
E nós, homens urbanos, muitas vezes menosprezamos, o campo e seus habitantes, irmãos nossos, acreditando sermos melhores que eles, em cultura e educação, mas esquecemos que, de fato, viemos todos de lá, de uma forma ou de outra. Nosso país se formou da selva, nossos antepassados, portanto,eram silvícolas! Talvez por ter-mos esquecido isso, tantos de nós, "civilizados", atravessamos a vida, calçada à calçada, agindo como selvagens.
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Texto original: Guilherme Castelo
Nota: Isso é um fragmento de um trabalho de Teoria Literária, que fiz semestre passado.
Meu professor gostou. (pelo menos não me reprovou, hehehe)
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